Feliz Dia do Leitor!

Nossa, quase deixava esta data passar em branco. Que erro terrível! Não, não poderia fazer isso. Não poderia deixar passar logo este dia, que é tão especial para tantas pessoas. Afinal, hoje, dia sete de janeiro, é o Dia do Leitor! *----*

Em homenagem a uma data tão célebre, escrevi um pequeno texto que dedico a todos os leitores, do fundo do coração. Penso que vocês se encontrarão nele. Pois é. Vocês não são malucos, muito menos estão sós. Querem ver?

Para muitos, ler é apenas mais uma atividade, mais um vício nosso. As pessoas olham e nos veem parados, com um livro na mão, digerindo palavras. Parece simples assim; mas não é. Não passa pela cabeça delas que, com um livro em mãos, só estamos ali de corpo. Nossa mente vaga longe, em mundos fantásticos, conhecendo personagens que, de outra forma, não conheceríamos. 

Com um livro, somos reis, elfos, vampiros, bruxos, crianças corajosas, adolescentes problemáticos, adultos apaixonados. Somos ricos, pobres, podemos voar, cantar, somos os senhores da magia. Conhecemos Paris, Londres, Atlântida, Asgard, Nárnia, o Céu, o Inferno. Andamos de trenó, cavalo, motocicleta, carro, testrálio. Nascemos, crescemos e morremos diversas vezes. Em alguns casos, somos belos heróis; em outros, temíveis vilões.  Conhecemos a história, fazemos a história. Somos a história. E tudo isso com algumas poucas palavras.

Ah, palavras...! Palavras que nos fazem rir, chorar, sonhar. Palavras que, na simplicidade do papel, encantam-nos. Palavras mágicas! Não, a leitura não é o nosso vício: é nosso escape, nossa diversão, nosso mundo. E, enquanto estamos lá, absortos nas palavras de algum anjo que resolveu compartilhar um pedacinho do Paraíso conosco, não queremos estar em qualquer outro lugar. Não nos incomode. De certo, não estamos ali. Pelo menos, não totalmente.

Sabem um livro que representa perfeitamente o espírito do Dia do Leitor? Um livro sobre a arte de ler e escrever: Coração de Tinta, da Cornelia Funke. A seguir, algumas citações da obra.

Nada espanta mais rápido os sonhos ruins do que o barulho das folhas impressas.

Existe algo mais belo neste mundo do que as letras? Sinais mágicos, vozes dos mortos, peças dos mundos maravilhosos, melhores do que este. Elas consolam e espantam a solidão. São guardiãs de segredos, arautos da verdade...

O ofício de escrever histórias tem algo a ver com a magia.

E Mo começou a preencher o silêncio com palavras. Ele as atraía para fora das páginas, como se elas estivessem esperando apenas por sua voz - palavras longas e breves, altivas e ternas, ronronantes, rumorejantes. Elas dançavam pelo quarto, pintavam imagens de vidro colorido e faziam cócegas na pele. Mesmo enquanto dormia, Meggie ainda podia ouvi-las, embora Mo já tivesse fechado o livro. Palavras que lhe explicavam o mundo, o lado sombrio e o lado iluminado, e construíram um muro contra sonhos ruins. Naquela noite, nem um único pesadelo conseguiu atravessá-lo.

Uma narrativa singular. Recomendo a todos, sem medo.

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Ah, feliz Dia do Leitor, pessoal! Muitos livros, revistas, jornais, ou o que quer que vocês leiam! Tudo é válido. :)


Abraços!