Resenha: A Terra das Sombras (A Mediadora #1) - Meg Cabot

Olá! Quem já leu os posts anteriores sabe que gosto da Meg Cabot. Também sabe que há uma coleção dela que muito me encanta. Como já falei da série duas vezes e estou relendo a mesma, sinto-me mais do que na obrigação de fazer uma resenha sobre o primeiro volume. 

Provavelmente, você já descobriu que falo da coleção A Mediadora e que o livro a ser resenhado é A Terra das Sombras.

“Vou ter de explicar. É que eu não sou exatamente como qualquer garota de 16 anos.

Quer dizer, acho que eu pareço bastante normal. Não uso drogas, nem bebo, nem fumo – tudo bem, só daquela vez em que o Soneca me pegou. Não tenho nenhum piercing [...]. Não tenho ne­nhuma tatuagem. Nunca pintei o cabelo. À parte minhas bo­tas e minha jaqueta de couro, não exagero no preto. Nem uso esmalte escuro nas unhas. No final das contas, sou uma ado­lescente americana perfeitamente normal e comum.

Só que eu falo com os mortos.”

A Terra das Sombras, p. 29.

Informações

Título: A Terra das Sombras (A Mediadora, vol. 01)

Título original: Shadowland

Autora: Meg Cabot, sob pseudônimo de Jenny Carroll

Gênero: Ficção

Editora: Galera Record

Edição: 7ª ed. (Não é essa da imagem)

Ano de publicação: 2008

Páginas: 288 p.

Sinopse: Suzannah é uma adolescente aparentemente comum que tem um problema com construções antigas. Não é para menos. Afinal, muitas dessas casas velhas são assombradas. E Suzannah é uma mediadora, uma pessoa capaz de ver e falar com fantasmas para ajudá-los a descansar em paz. É claro que esse dom lhe traz muitos problemas. Mas nem ela poderia saber a gravidade do que encontraria ao mudar-se para Califórnia. 

* * * * *

Ah, A Mediadora! Não escondo que sou fascinada por mistérios e sobrenatural, então enlouqueci para ler esta série logo que a descobri. Isso foi bem antes de Crepúsculo e da explosão mística provocada pela obra. Até então, eu possuía poucos livros do gênero, uma vez que a “moda” era fantasia épica – vide O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia, Harry Potter, Eragon, por aí vai. Então, A Mediadora foi, de certa forma, uma experiência nova e interessante.

A estória gira em torno de Suzannah, uma adolescente capaz de ver e falar com os mortos (lembram-se do post de Ghost Whisperer? Fiquei de apresentar-lhes essa personagem). Suze é uma mediadora, isto é, uma pessoa que deve usar seu dom incomum para servir de guia espiritual para fantasmas presos a este mundo. O problema é que ser adolescente não é fácil – principalmente com um pai morto que insiste em visitá-la a todo momento, uma mãe que espera a filha popular e namoradeira que ela não é, e uma propensão para se meter em problemas. Afinal, nem todo espírito fará a passagem calmamente.

“A maioria das pessoas que vêem fantasmas só vêem um, já eu vejo todos os fantasmas.

Todos mesmo. Qualquer um. Qualquer pessoa que tenha morrido e por algum motivo ainda esteja por aí, em vez de ir para onde deveria, eu sou capaz de ver.

E isso significa um bocado de fantasmas.”

A Terra das Sombras, p. 31. 

O livro começa com a mudança de Suzannah da agitada Nova York para a ensolarada Califórnia. Sua mãe se casou novamente e, de brinde, Suze ganhou três meio irmãos. Um fato curioso é que a garota os apelida de Soneca, Dunga e Mestre, por razões claras. Mestre é simplesmente uma versão masculina da irmã gênio da Samantha, de A Garota Americana – mesma autora. Com a mudança, a personagem é forçada a deixar sua única e verdadeira amiga, Gina. Bem, pelo menos não haverá fantasmas na tranquila Califórnia, certo?

Suze não poderia estar mais errada. Para começar, a escola em que estudará tem centenas de anos e guarda um passado violento – o que significa espíritos enfurecidos assombrando o local. Para piorar (?), a garota tem de dividir o quarto com um fantasma – lindo e cavalheiro –, o Jesse.

“Você pode imaginar o que aconteceu. Madame Zara leu as cartas uma vez, ficou confusa, embaralhou-as e leu de novo. Depois olhou para mim:

– Você fala com os mortos - disse ela.

Gina ficou agitada:

– Meu Deus do céu! Meu Deus! É mesmo? Suze, você ouviu isso? Você é capaz de falar com os mortos! Você também é médium!

– Médium, não – atalhou Madame Zara. – Mediadora.”

A Terra das Sombras, p. 35.

No primeiro dia de aula, Suzannah está pronta para se deparar com vários fantasmas seculares, o que não acontece. Em vez disso, ela dá de cara com uma garota que cometeu suicídio recentemente, após levar o fora do namorado, e está decidida a levar o garoto consigo para além-túmulo. Seria um trabalho de mediação simples, à primeira vista. Contudo, as coisas começam a tomar dimensões inesperadas e...

Acho que já contei demais o enredo! O resto vocês terão de descobrir por conta própria. De minha parte, adorei o livro. Estou terminando de relê-lo neste momento. Como comprei A Terra das Sombras faz tempo, a edição que tenho ainda traz a capa velha (re-embolso de capas, por que você não existe, hein?). Todavia, com base no que pude observar, a diagramação do livro é muito boa, não há erros ortográficos e os capítulos têm tamanho médio – mas a letra é ótima de se ler, diga-se de passagem. A nova capa está maravilhosa, embora não tenha muito a ver com a estória. Ainda assim, super recomendo a série!

Avaliação: ★★★★★

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Então, o que acharam da resenha? Vocês querem que eu escreva sobre o próximo volume da série (O Arcano Nove), ou resenha de autor diferente? Comentem!